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quinta-feira, 30 de julho de 2009

'Ilegal. Eu?': Pedestres e motoristas jogam, por dia, 260 toneladas de lixo nas ruas da cidade

Publicada em 30/07/2009 às 23h56m O GLOBO

Isabela Bastos
Depois de tomar café, um homem joga o copo plástico no jçao, junto a um canteiro, no Buraco do Lume, Centro do Rio / Foto: Marcelo Piu - O Globo
RIO - Terça-feira, 14h: o gari Alexandre Ferreira da Silva, de 31 anos, varre a Rua São José, no Centro, cumprindo uma rotina que, em dias de muito serviço, exige até quatro faxinas. Nem bem Alexandre deixa o local, uma senhora termina de comer um salgado e joga o guardanapo no chão. Um rapaz engravatado esvazia um pacote de biscoitos e atira a embalagem no solo. Outro homem despeja um copinho de café no canteiro de uma árvore. E um executivo joga um papelzinho aos pés de outra planta. Ao serem flagrados, todos fazem cara de poucos amigos. Em 15 minutos, parece que o lugar conhecido como Buraco do Lume - onde há pelo menos três lixeiras - não é limpo há tempos.
- Muita gente não tem consciência. A lixeira está perto, mas as pessoas jogam o lixo no chão. Somos 15 garis para percorrer toda a área do Castelo até a Avenida Beira Mar. Já morei cinco anos em São José dos Campos (SP) e lá não se vê lixo no chão. Aqui, o nosso trabalho não é reconhecido, nem respeitado - reclama Alexandre, enquanto se prepara para deixar o serviço. Ele será rendido por um colega, que varrerá a mesma rua do final da tarde à noite.
Detritos despejados em logradouros públicos foram alvo de 1.680 denúncias à ouvidoria da Comlurb somente no primeiro semestre deste ano. Mas aquele que reclama também pode estar contribuindo para a desordem urbana. Flagrado quando jogava uma ponta de cigarro no chão, no Centro, um técnico em contabilidade que se identificou apenas como Carlos reconheceu o erro, mas alegou que o que fez não é um hábito.
- Hoje você me pegou. Eu costumo apagar o cigarro e jogar na lixeira. Uma pontinha só não faz diferença no lixo jogado na rua, mas imagina todo mundo fazendo o mesmo? Quantas pontas de cigarro não vão aparecer? Vou me policiar mais - disse Carlos.
Gasto com faxina é de R$ 25 milhões
O descarte irregular de lixo não é um problema só do Centro. Segundo a Comlurb, em um mês, canteiros, calçadas e ruas da cidade recebem 7.800 toneladas de detritos jogados por pedestres e motoristas. O que é recolhido encheria seis campos de futebol com uma pilha de um metro de altura de copinhos, embalagens e sacolas plásticas, guimbas de cigarro e papel, muito papel. Um dia comum de varrição enche 37 caminhões com 260 toneladas de sujeira. Para limpar tudo, é mobilizado um batalhão: dos 12.600 garis da Comlurb, 8.500 (quase 68%) fazem a limpeza urbana. Os demais atuam em hospitais, escolas e na poda de árvores.
" Aqui moram pessoas que têm informação, gente de classe média, que frequentou escola. Mas, para ler jornal na área externa, tenho que ir de chapéu "

A imundície alheia faz vítimas tanto na rua como dentro de casa. O auxiliar administrativo Thiago Silva levou um banho de água suja jogada da janela de um prédio no Centro, na semana passada. O rapaz ficou indignado, mas acha que teve até sorte, uma vez que já viu lançarem um copo de vidro do mesmo prédio. Já a dona de antiquário Lou Vicente, que mora num apartamento térreo em Copacabana, tem que mandar limpar quase diariamente a tela de proteção instalada em sua área de serviço. O motivo? Os vizinhos jogam de ponta de cigarro a absorventes pela janela.
- Já vi papel higiênico usado e camisinha. A tela já existia quando me mudei, há cinco anos. Isso é uma incivilidade. Aqui moram pessoas que têm informação, gente de classe média, que frequentou escola. Mas, para ler jornal na área externa, tenho que ir de chapéu - reclama Lou, de 68 anos.
Ela não está sozinha no infortúnio. A empresária Márcia Loureiro mora num apartamento térreo no Flamengo e conta que, para poder frequentar a varanda, teve que distribuir cartas entre os condôminos do prédio, pedindo o óbvio: que usem a lixeira em vez da janela. A gota d'água foi um absorvente voador, que entrou pelo basculante do banheiro. Depois das reclamações, a situação melhorou, mas, ainda assim, pontas de cigarro continuam a ser lançadas no jardim.
Em Jacarepaguá, a aposentada Nilda Barros também teve que recorrer às cartinhas para chamar os vizinhos à razão:
- Tive que fazer uma cobertura para me livrar do lixo na área. É uma falta de educação tremenda.
Não há como contabilizar o que se joga em áreas internas de prédios, já que o lixo é descartado pelos condomínios na coleta diária. Mas, nas ruas, a infraestrutura de limpeza custa caro para o carioca: são gastos R$ 25 milhões mensais na faxina dos logradouros públicos. Apenas a varrição das ruas leva R$ 3,8 milhões desse total. O número assusta quando comparado com os R$ 9,8 milhões mensais gastos pela Comlurb na coleta domiciliar.
Com o dinheiro da varrição, a prefeitura diz que seria possível comprar 13 ambulâncias com UTI ou montar 51 equipes do Programa de Saúde da Família. Poderia ainda construir uma escola padrão, com 13 salas de aula, ou erguer 80 casas populares, de 32 metros quadrados cada. Segundo a Comlurb, se o carioca descartasse o lixo da forma correta - nos cem mil cestos espalhados pela cidade -, as despesas com a varrição poderiam cair em 70% (R$ 2,6 milhões ao mês).
Para o antropólogo Roberto da Matta, autor do livro "A casa e a rua", o carioca ainda não conseguiu estabelecer uma relação afetiva com ruas, praças, parques e praias. Como não encara esses espaços como sendo seus, não demonstra o mesmo cuidado que teria com algo de sua propriedade:
- O carioca ainda faz uma divisão entre casa e rua. Um concerto na Quinta da Boa Vista faz com que o parque amanheça imundo. A pessoa não tem a noção de que aquilo é dela. Acha que é do Estado e que por isso não precisa cuidar. Se ela se comportasse na rua como se comporta em casa, a rua seria um brinco.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Vereador


POLÍTICA DE TRABALHO


As ações de todos os empregados devem respeitar a seguinte política:

Deslumbrar o Cliente Cidadão
Combater todo tipo de desperdício
Garantir os direitos e exigir os deveres dos empregados
Aprender e ensinar
Registrar e documentar como instrumento de decisão

VISÃO DE FUTURO


Ser reconhecida, por moradores e empregados, como uma organização eficiente composta de profissionais motivados, competentes e responsáveis, que se dedicam à operação de limpeza urbana como forma de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e fomentar a cidadania.

MISSÃO DA LIMPEZA URBANA




Nós, gerentes, encarregados e garis utilizamos a Limpeza Urbana para fomentar a cidadania, procurando superar as expectativas da População, através da melhoria continua do planejamento, programação e controle de nossos serviços.

Definição de Liderança

A liderança é uma forma de condução de equipes baseada no prestígio pessoal e aceita pelos liderados. 

O líder deve harmonizar três conceitos como forma de legitimar sua liderança:

Disciplina:

Tudo que garante o funcionamento regular da organização. Costume de decidir e agir utilizando como base a política de trabalho da organização.

Autoridade: 

É o direito de se fazer obedecer, dar ordens, tomar decisões e agir de forma a executar nossa missão utilizando a política de trabalho

Responsabilidade: 

Responder pelos próprios atos e pelos empregados sob sua responsabilidade.

GERÊNCIA DE IRAJÁ


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pilares de uma Diretoria - Gestão do Presente

A Gestão do Presente é o que faz a coisa acontecer garantindo que diariamente todos os recursos alocados serão plenamente utilizados segundo sua programação. Também é onde está a coragem para abandonar eventualmente os planos e usar criatividade para superar os obstáculos momentâneos. É onde se concentra a disposição para adotar novos procedimentos e, paradoxalmente a disciplina para manter os antigos.

Dever ser essencialmente ágil trabalhando como redes de relacionamento ou células de trabalho criando e extinguindo estruturas operacionais segundo as demandas observadas. Deve lembrar mais equipes de incursões que grandes batalhões formados ombro a ombro.

É a nossa infantaria, nossa artilharia, nossa cavalaria. É onde o resultado aparece, onde a Diretoria é reconhecida pelo bom trabalho ou exonerada pelo mau desempenho.

Pilares de uma Diretoria - Gestão do Passado

A Gestão do Passado reúne atividades de coleta de dados e produção de informações fidedignas, não complexas e úteis para a tomada de decisões. Especial atenção deve ser dada para resistir a tentação de criar controles que controlam os controles tendo sempre em mente duas expressões:

a) Não adianta um painel de avião para controlar um fusquinha!

b) Não adianta um bisturi para o trabalho de um açougueiro, da mesma forma que de nada adianta um cutelo na mão de um cirurgião. Cada ferramenta deve ter seu uso correto.

Três rotinas acredito que sejam afins a atividade de Gestão do Passado: O controle, a auditagem e a administração. O controle coleta e trata os dados organizando-os de forma estruturada de forma que sejam simples e uteis. A auditoria vai a campo para checar se os procedimentos e doutrinas estão sendo respeitados e se os dados são fidedignos. Finalmente a administração cuida dos procedimentos de rotina para gestão de pessoas e recursos.

É a nossa intendência!


Para sua chefia devemos escolher alguém da meticuloso, detalhista mas suficientemente sucinto e direto.